24 de outubro de 2011
economista, mas pouco.
a leveza de espírito com que oiço ou leio alguns comentadores políticos afirmarem que portugal devia, dentro do actual sistema económico e político, sair do € deixa-me preocupado. com certeza, ficaríamos com uma moeda mais fraca do que a actual. logo, quem faz o raciocínio de sair do € tem de explicar o que faria com "aumento" da dívida (de estado e empresas) após a conversão cambial; o que fazer aos novos desempregados; mensurar os ganhos com as exportações e perceber quão mais equilibrada seria a nossa balança comercial; como se iria financiar e reorganizar o sistema bancário e afins, bem como o próprio estado; quais os riscos de um crash bolsista; como resolver a redução de poder de compra das famílias e o aumento das taxas de juro; como controlar o possível aumento de inflação; como articular institucionalmente esta decisão com a UE, de modo a não prejudicar o € no contexto externo; quanto tempo de "protecção" internacional seria necessário; etc. se o problema é produtividade e crescimento, não tentemos a receita do passado: competitividade por baixos salários.
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