16 de dezembro de 2009

o meu roupeiro está de luto e eu não sei quem morreu.

mais um dia sem início nem final. se calhar já acabou e eu não sei. devia perguntar. já olhei para o relógio vinte vezes.tenho o telefone sem bateria. disseste até amanhã e não apareceste. saí e acabei por vir estacionar a casa. uma rena. j'aime beaucoup le français, mais je ne parle pas rien. devia ser moche. não devia ir, mas vou. bem que podia saber tocar violino. eu sabia que havia um bom motivo para não ler o livro das outras pessoas no metro. digo a frase dramática e depois faço uma cena parva. a minha vida ficaria tão mais fácil se fosse moche. tenho sal nos lábios e não sei porquê. não vai haver nenhuma referência a sexo. está frio. vou ter frequência daqui a pouco. está muito frio. já não digo damo. eu gosto do frio. estás a falar metaforicamente? não. vai continuar sem bateria. não posso estar doente. vou furar a orelha e colocar um brinco igual ao do trunks. não tenho tempo para estar doente esta semana. já verifiquei na minha agenda e não posso. não dá. devias ter dito mais cedo. podia estar mais curto. a minha mesa parece a primeira gaveta da mesa de cabeceira de uma velha. não percebes nada de moda, espero que tenhas consciência disso. vou parar de ter essas conversas. te lo agradezco, pero no. vou mesmo. o tempo está sempre a passar, não pára. vou. o facto de estarmos tanto tempo sem nos ver. não devia ter comido tudo. apalpei as minhas prendas, mas consegui resistir e não abri nenhuma. agora tenho fome. não estudei. apetecia-me mandar uma mensagem, mas tenho preguiça de ir buscar o carregador. devia ter estudado. é que nem foi assim tão mau como eu estou a dizer. ups, já fiz. devia estar a estudar. é que a pessoa saiu antes e eu fiquei a pensar todo o dia em como acabaria a história. são lenços e medicamentos. não foi o que esperava. não foi. tenho de pôr um penso na ferida. só sei que tenho saudades tuas quando estou contigo. procedure mask * tecnol. não correu bem e era previsível. só custava vinte e euros e eu disse não. sem datas e sem liberdade de expressão, por favor. pedir um café dez vezes com uma voz diferente não faz com que ele chegue mais rápido. ou piano. não consigo tomar banho com este frio. bloqueia tudo o que é descarregado da internet. non ma fille, tu n'iras pas danser. a minha namorada trabalha com o cão solteiro. vamos ter uma daquelas conversas em que não dizemos nada? espero que sim. desta vez não está tão cortado. posso levar o carro? o meu roupeiro está de luto e eu não sei quem morreu. devia ser punível por lei. vou-te oferecer um livro que espero que já tenhas e mo dês. inscrevi-me, mas nunca pensei ir. está quase a chegar. a febre pôs a minha cabeça a dançar despida na sala só com um cachecol de plumas. nada a ver com trumps, atenção. a vela já devia ter ido para o lixo há muito tempo. não tenho culpa de não gostar de madonna. nunca falámos tanto tempo, não me queres mesmo contar nada? stuff happening. gostava que sim. o pó acumula-se de forma provocadora nos sítios onde estou, mas agora já o ignoro. façam uma sexta temporada. vivi uma década mais cedo. as calças eram de veludo. não consigo dizer o nome do chá que quero sem parecer atrasado mental. deu-me uma moeda de dez cêntimos de troco e fez um olhar de quem tinha passado um cheque de dez mil euros. cachopo. não é possível que vás a fazer a mesma merda outra vez. ao telefone as vozes soam-me todas iguais. zero páginas lidas, viva o chá das três da manhã. sempre desconfiei de peixes com ascendente em escorpião. ler os comentários do público começa a ser um exercício tortuoso. trojan alert. ou só que fosse viola. continuo sem perceber porque é que as pessoas me mandam asteriscos quando se vão embora. i could use a cup of tea with you. não suporto a ideia de faltar outra vez. ainda é o mesmo dia? o relógio continua sem parar.

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