24 de julho de 2009

alguns minutos de varanda.

três da manhã. six feet under the ground. agora tudo faz sentido. por mais que as palavras que escrevo tresandem a vinho, tudo faz sentido.

a andar no baloiço da solidão.

fizeste as malas muito antes de ires embora.

fiz demasiada massa. acho que o meu subconsciente contava contigo para o jantar.

tenho saudades. tenho saudades do tempo em que olhavas para mim com toda uma ilusão. aquela ilusão que seria eu capaz de mudar o mundo. o teu mundo. tenho saudades do tempo em que andar de mão dada contigo numa noite de sábado era o momento mais feliz da tua semana. tenho saudades do tempo em que não te fazia mal e que não sofrias com a minha melancolia. tenho saudades do tempo em que me sacrificava em prole da tua felicidade, pois isso era a coisa mais importante da minha vida. não era egoísta. agora sou. tenho saudades da tua opinião ser a de maior relevo. tenho saudades do tempo em que te deixava ganhar no jogo da bisca. tenho saudades da tua alegria quando me ensinavas uma canção. já esgotaste todas as que sabias. tenho saudades da tua cara quando era carinhoso contigo. tenho saudades do tempo em que andar meia dúzia de km de carro numa estrada vazia era um acto de coragem. tenho saudades do tempo em que tinhas um orgulho sem limites em mim. tenho saudades do tempo em tinhas uma vida. tenho muitas saudades.

chovia tanto que não consegui sentir uma única gota.

não sou altruísta o suficiente para te deixar partir.

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